MTTR (Mean Time To Repair), como já visto em uma matéria específica sobre o tema, é um KPI importante na Manutenção. É a média de tempo que se leva para reparar uma quebra/falha em máquinas e equipamentos.
O tempo médio para reparar (MTTR) é uma medida de tempo resultante da capacidade da manutenção de um item, componente ou sistema. E assim devolvê-lo ao status de suas condições normais de trabalho.
Isso inclui o tempo de notificação, o diagnóstico e o tempo gasto na reparação real, bem como outras atividades necessárias antes que o ativo possa ser usado novamente.
Estratégia para melhorar o MTTR
Temos alguns fatores que influenciam sobremaneira de forma positiva ou não os índices do MTTR? Podemos citar os seguintes:
Manutenção Preventiva
Preventiva ineficiente ou falta dela pode comprometer sobremaneira os índices de corretiva. Pode com isso trazer complicações demasiadas nos mecanismos e sistemas em geral prejudicando o tempo de reparo.
Ao contrário, uma preventiva bem elaborada e executada evitará e muito as ocorrências de corretivas complexas e que elevam o MTTR.
Planos de lubrificação
Da mesma forma como a preventiva, um plano de lubrificação que não contempla de forma adequada os ativos em geral é um grande problema.
Pior ainda quando a lubrificação é realizada de qualquer jeito, os problemas graves vão se tornar frequentes. Com isso as corretivas se tornam frequentes e a probabilidade de afetar esse índice é alta.
Mão de obra heterogênea
Esse acredito ser um dos mais críticos para elevar o tempo de reparo de máquinas e equipamentos. Ou seja, são profissionais onde nem todos têm a mesma habilidade e capacidade de resolver problemas.
Ao passo que se os profissionais têm qualidades e habilidades semelhantes, a resolução de problemas é rápida, o que contribui para um menor MTTR.
Estoques de manutenção
Com certeza o estoque de manutenção pode se tornar também um grande vilão para estender o tempo de reparo. Isso porque não atendem a necessidade, sempre falta algum item na hora da precisão.
Ou mesmo se mal gerenciados em suas quantidades e itens cadastrados, ou seja, vários fatores que podem comprometer a Manutenção na hora do reparo.
Análise de falhas
A falta de uma análise de falhas para certas ocorrências de corretiva com certeza podem afetar os índices do MTTR. Podem ocorrer situações onde uma quebra e/ou falha é extremamente onerosa no tempo de reparo por diversos fatores.
Cabe então uma análise de falhas para encontrar sua causa raiz e evitar sua recorrência. Cabe também nessas análises melhorar os métodos de reparo e de prevenção para tornar essas situações com reparos mais eficientes.
Comunicação da parada
Pode parecer um item simples e obvio que esse tipo de fato aconteça naturalmente e não afete o MTTR. Podem acreditar que não é bem assim, falhas de comunicação podem ser mais comuns do que se imagina. Um bom fluxograma e entendimento de todos os envolvidos pode fazer alguma diferença para esse indicador.
Deve ficar muito claro qual o fluxo das informações, desde a parada, comunicado à manutenção até a entrega do ativo já reparado. É comum acontecer falhas nesse caminho que pode estender o tempo de reparo e com isso prejudicar o indicador do MTTR.
Conclusão
Os gestores de manutenção devem procurar sempre as melhores estratégias para evitar a ocorrências de corretivas. Dentre essas estratégias, a manutenção deve atender uma corretiva com qualidade e rapidez.
Por essas e outras que esse indicador merece toda a atenção da gestão, os números são certeiros quando bem apontados. O MTTR aliado ao MTBF são indicadores essenciais para entender onde a manutenção precisa melhorar. Tudo começa com um apontamento eficaz do pessoal de campo e do PPCM e suas análises constantes.